Cerca de 70% de funcionários aderiram ao movimento, segundo sindicato. Executivo fez cortes devido à indisponibilidade financeira e orçamentário.

Os servidores públicos municipais de Rolim de Moura (RO), na região da Zona da Mata, estão fazendo um protesto contra o poder executivo. Em greve desde a quarta-feira (28), os trabalhadores contestam o decreto do prefeito Luizão do Trento (PSDB), que suspendeu por três meses o pagamento de gratificações de especialização, incentivo de escolaridade e auxílio alimentação dos funcionários. Cerca de 70% de servidores aderiram o movimento, segundo o Sindicado dos Servidores Municipais da Zona da Mata (Sinsezmat).

Para o presidente do Sinsezmat, José Luiz Alves Felipin, o corte das gratificações reduzirá o salário dos servidores em cerca de 40%. "O prefeito fala que o município está em crise, mas temos dados que mostram que a arrecadação do município vem crescendo ano a ano, por isso os servidores não aceitam mais esse tipo de ação. Diante disto aderimos a greve para evitar que nossos direitos sejam retirados", explica.

Ainda segundo Felipin, o executivo não ofereceu negociação com a categoria antes de assinar o decreto. "Esta é terceira greve do ano, pois o poder executivo não gosta de negociar com os servidores e, quando firma um acordo, não cumpre. Isso é um desrespeito com os 1.481 servidores que fazem o município funcionar", diz o presidente do sindicato.

De acordo com o decreto do executivo, a suspensão do pagamento das gratificações é temporária e vale de 1° de outubro a 31 de dezembro de 2015. A restituição das gratificações não pagas durante esse período está prevista para os meses de abril, maio e junho de 2016, podendo ser antecipada caso o município alcance a adequação do índice à lei de responsabilidade fiscal. Conforme o prefeito, os cortes foram necessários devido à indisponibilidade financeira e orçamentária do município, que passa por uma crise financeira.

Procurado pelo G1, a assessoria de comunicação da prefeitura de Rolim de Moura disse que o prefeito Luizão do Trento ainda não havia se manifestado sobre a greve.