Servidores da Funai voltaram ao expediente na manhã desta quinta (29) Protesto durou sete dias e lideranças ameaçam novas ocupações.

Indígenas desocuparam o prédio da Funai na esperança que as reivindicações seja atendidas. (Foto: Júnior Freitas)

Acabou na manhã da última quarta-feira (28) a ocupação de cerca de 150 índios, de 20 aldeias ao prédio da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Guajará-Mirim,RO, a cerca de 330 quilômetros de Porto Velho. O protesto teve iniciou na tarde do último dia 21, e durou sete dias. Durante a manifestação os indígenas impediram os servidores de entrarem no prédio e cumprirem o expediente.

De acordo com o líder da aldeia Cajueiro e uma das lideranças do protesto, Gilmar Oro Nao, o fim do protesto trouxe resultados positivos do presidente nacional da Funai, João Pedro Gonçalves.

O presidente manifestou o interesse de vir, mas não foi possível devido a outros compromissos. "Decidimos encerrar a ocupação por enquanto porque a presidência da Funai nos orientou a fazer um abaixo assinado com mais pessoas. Iremos trabalhar com a possibilidade de novos fechamentos se não resolverem nossa situação", declarou Gilmar.

O coordenador regional da Funai de Guajará-Mirim, Adílson dos Santos, acha que é viável atender as reivindicações porque são questões fundamentais. "Nunca nos negamos a dialogar, explicar e lutar junto com eles pelas causas que são, de fato, justas. No que depender de nós, vamos trabalhar para isso. É possível atender aos pedidos, mas tudo depende de recurso", explicou o coordenador.

Ao G1, um dos funcionários que preferiu não se identificar, disse que está feliz por voltar aos trabalhos e espera que a situação seja resolvida para que não haja novas ocupações. "É ruim ficar sem trabalhar e sem saber o que vai acontecer. Tomara que eles analisem essa situação e resolvam porque a gente fica inseguro, ninguém sabe o que esperar", afirmou.