ALUNOS DE ESCOLA PROTESTAM CONTRA FALTA DE PROFESSORES EM GUAJARÁ

30/10/2015 19:47

 

 

Estudantes mostraram cartazes e não foram para a aula em Guajará.

Cerca de 350 alunos da Escola Estadual Irmã Maria Celeste, de Guajará-Mirim (RO), do período vespertino se recusaram a entrar nas salas de aula e fizeram um protesto na frente do prédio na tarde de quarta-feira (28). Os jovens fizeram cartazes que continham mensagens com várias reclamações como a falta de professores e de climatização. O manifesto foi pacífico e durou aproximadamente duas horas.

Segundo presidente do Grêmio Estudantil, Rômulo Oliveira, o manifesto irá continuar até que alguma providência seja tomada. “Faltam professores em várias disciplinas e nosso ano letivo fica prejudicado”, lamenta.

O forte calor por falta de climatização também é uma das reclamações, assim como o fornecimento de água.  “A gente vem no sol quente e quando vamos beber água, parece que está fervendo sem contar com o gosto de cloro e ferrugem”, diz Oliveira.

O estudante alega que o Grêmio irá convidar a promotoria de Justiça do município para fazer uma visita à escola para ver as atuais condições do prédio e do cronograma escolar do ano letivo de 2015, que tem a previsão de ser encerrado somente em janeiro de 2016.

 

Cerca de 350 alunos participaram do projeto em Guajará.

“Como se não bastassem todos os problemas que já temos, em reunião com a vice-diretora fomos informados que iremos ficar sem professor de matemática no 4º bimestre. Temos mais de 400 aulas para repor e vamos estudar até ano que vem”, desabafa.

O diretor da escola, Bosco Moisés, explica que a escola não tem poder de contratação e a situação já foi passada para a representante da Secretaria de Estado da Educação (Seduc). Segundo ele, o prédio foi fundado em 1983 e desde então nunca recebeu nenhuma reforma, apenas ampliação de alguns setores e reparos na parte elétrica.

“Vivemos na democracia e todos têm o direito de se manifestar. Ouvi as reivindicações e enviei até a representante da Seduc no município. A vice-diretora e eu fomos convidados para uma reunião onde iremos discutir as prioridades”, garante o diretor.

Ao G1, a coordenadora regional de ensino, em Guajará, Léa Moura, não quis falar sobre o assunto, mas confirmou que será realizada uma reunião com a diretoria para discutir as reivindicações.

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