ACRE REGISTROU SEIS MORTES DE INDÍGENAS EM 2021, APONTA RELATÓRIO

19/08/2022 12:06

De acordo com o Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil divulgado nessa quarta-fera (17) pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), seis indígenas foram assassinados no Acre no ano de 2021. Entre as vítimas estão duas crianças de 12 anos.

Ainda segundo o relatório, em todo o país 176 indígenas foram mortos no ano passado. O estudo tem como base dados o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) de cada estado. O Amazonas é o estado com mais casos registrados, 38 assassinatos, em segundo está o Mato Grosso do Sul, com 35 casos, e Roraima, com 32 homicídios.

Um dos primeiros casos a ser registrado no Acre em 2021, foi o do indígena Levi Kulina e do filho dele Dido Kulina, de 12 anos. O principal suspeito dos crimes, Joaquim Kulina, foi preso, ele era filho e irmão das vítimas. O crime aconteceu na Aldeia Múltipla Etnia, localizada às margens do Rio Envira, na zona rural de Feijó. A arma usada para o crime foi uma faca.

Outro caso registrado aconteceu na Aldeia Alto Rio Purus, em Manoel Urbano. De acordo com o Cimi, Sinô Kulina, de 12 anos, foi assassinado em julho de 2021 enquanto pescava com um primo de 10 anos. Um homem que estava próximo da aldeia gritou com as crianças alegando que o lago onde eles pescavam era dele e os expulsou.

O homem, que estava bêbado, atirou nas crianças com uma espingarda. Sinô foi baleado, caiu nas águas e foi levado pela correnteza. O primo do menino conseguiu fugir de canoa. O homem teria ainda ido atrás do corpo da criança, arrastado até a praia e cortado o cadáver em dois pedaços e jogado novamente no rio. O assassinato brutal foi denunciado por uma liderança indígena, mas não se sabe se o suspeito foi preso.

Ao todo, houveram cinco casos no Acre, resultando em seis pessoas morar. Os registros incluem também uma mulher assassinada pelo marido, que acabou morto por um parente da companheira na Terra Indígena Kaxinawá Ashaninka do Rio Breu, em Marechal Thaumaturgo; e também um indígena da etnia Kulina na Aldeia Coqueiral, em Feijó, morto por um não índio.

FONTE: https://juruaemtempo.com.br/

 

Voltar