ABERTURA DO 14º CONGRESSO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO

30/10/2015 19:45

 

 

 A falta de valorização profissional e os baixos salários pagos aos profissionais da educação marcaram o discurso do presidente do Sintero, Manoel Rodrigues da Silva, durante a cerimônia de abertura do 14º Congresso Estadual dos Trabalhadores em Educação.

O evento começou hoje (29/10) pela manhã e segue até sábado, dia 31/10, na Sede Administrativa do Sintero, em Porto Velho, com a participação de aproximadamente delegados eleitos nas assembléias realizadas em todo o Estado.

A solenidade de abertura teve, na mesa principal, o presidente do Sintero, Manoel Rodrigues da Silva; a Secretária de Estado da Educação, Fátima Gavioli, o presidente da CUT/Rondônia, Itamar dos Santos Ferreira; a presidente do Conselho Estadual de Educação, Francisca Batista da Silva; a Secretária de Relações Internacionais da CNTE e Vice-Presidente da Internacional da Educação para a América Latina, Fátima Silva; e a Diretora da Regional Norte do Sintero, Cleuza Ferreira Mendes.

Todos os integrantes da mesa discursaram e parabenizaram a diretoria do Sintero pela realização do 14º Congresso. A Diretora da Regional Norte, Cleuza Ferreira Mendes, falou em nome dos demais Diretores Regionais e agradeceu a todos pela presença. A presidente do Conselho Estadual de Educação, Francisca Batista da Silva, em seu discurso, fez um apelo para que as leis relativas à educação sejam resultado de amplos debates com a sociedade e com os profissionais da educação.

O presidente da CUT, Itamar Ferreira, destacou a luta do Sintero em parceria com a Central em defesa dos trabalhadores em educação.  A Secretária de Relações Internacionais da CNTE, Fátima Silva, parabenizou a direção do Sintero pela estrutura da nova sede e pela realização do 14º Congresso. “Estamos diante de um bom exemplo de gestão, de direção sindical que sabe administrar os recursos do sindicato. Temos acompanhado a luta do Sintero na defesa dos trabalhadores em educação, mas estando pessoalmente aqui, constatamos que a luta vai além das reivindicações, que a dedicação da direção do Sintero se estende à preocupação com o uso correto da contribuição dos filiados. Parabéns”, disse.

A Secretária de Estado da Educação, Fátima Gavioli, fez um relato das atividades da Seduc e destacou as dificuldades em administrar com insuficiência de recursos financeiros e recursos humanos. Ela disse que faz verdadeiros malabarismos para suprir a falta de professores e de outros profissionais da educação. Fátima Gavioli disse que mesmo com dificuldades procura atender às reivindicações dos trabalhadores em educação e relatou as vezes em que os diretores do Sintero cobram da Seduc soluções para as questões que atingem a categoria. Ela falou do pagamento da Licença Prêmio em pecúnia, dos índices de afastamento de profissionais por doença e do cumprimento de determinações que às vezes contrariam a vontade dos trabalhadores.

O presidente do Sintero, Manoel Rodrigues da Silva, bastante aplaudido, fez um breve relato das atividades do sindicato. Ele cobrou do governo do Estado o cumprimento do Plano Estadual de Educação e soluções para as demandas dos trabalhadores em educação. Professores, Técnicos Educacionais e outros trabalhadores que estavam no plenário se sentiram bem representados e aplaudiram quando o presidente do Sintero cobrou a realização de concurso público, a redução do número de alunos por sala de aula, a implantação de programas de formação continuada, mais preocupação do governo com a saúde dos trabalhadores, e salário justo. “Não nos cansamos de lutar. Essa tem sido a nossa rotina. Diariamente estamos percorrendo os locais de trabalho e temos levado as demandas ao governo do Estado através da Seduc. Então, quero pedir aqui para a Secretária Fátima, que leve ao governador Confúcio Moura as preocupações e as reivindicações da categoria. Com essas palavras, declaro aberto o 14º Congresso Estadual dos Trabalhadores em Educação”, disse Manoel Rodrigues.

A solenidade de abertura do 14º Congresso do Sintero teve a apresentação do coral do IFRO – Porto Velho, sob a coordenação da professora Ana Cássia, que interpretou o Hino Nacional Brasileiro as músicas populares brasileiras “Roda Viva”, de Chico Buarque, e “Vira Virou”, de Cleiton e Cledir. Os congressistas aplaudiram de pé quando o coral cantou a oração Pai Nosso, em um dialeto africano “Baba Yetu”. Os congressistas pediram bis, e o coral interpretou “Isto aqui, o que é” (Isto aqui é um pouquinho de Brasil), de Ary Barroso.

 

A cerimônia também teve a apresentação dos alunos da Escola Jerusalèm da Amazônia, uma escola municipal de Porto Velho que fica na zona rural da Capital. As crianças entraram no auditório com bandeiras do Sintero ao som da música “Vai passar”, de Chico Buarque, que homenageava os trabalhadores em educação que participaram ativamente da luta e que faleceram nos últimos anos.

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